coroa o nenúfar
o rio cerca-se de abandono
o olhar no silêncio das águas
espelho que te cega
para que atentes ao canto
das aves negras que dividem
a vida da manhã e da noite
de pés nus pela erva fresca avança
tudo pode uma vez mais começar
o canto quebra o gelo aparta as águas
há que preparar a casa encontrar o lugar
da partilha da luz e da sombra
onde a semente acede à raiz
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