a imagem do meu dever horrorizado
entro num quarto frio
deixando de fora o amor
a criança o mundo
como um livro de biblioteca solicita um olho
que se recusa a vê-lo
bates à porta e ninguém responde
ao cimo das escadas
há um anjo
de punhos erguidos
na sua língua inimitável
intima o coração
deixa de procrastinar
sentada na cama a parede
escuta o teu choro
branco
quase sereno como a desistência
junto a ti concedo
começo a trepar
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