no espelho farto de cãs
estás suspenso no presente contínuo
e vida e morte falam
a sua língua surda de mel e ferro
menos por soberba que terror
adias a ruína com água fresca
na concha das mãos incapazes
de mentir no outono
estarão prontas para erguer
a semente crescida
um pouco mais para junto do sol
um pouco mais certa a aproximação
da velhice
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