angustia-me o que terei de prover
para que não morra nunca o que somos
dá-me uma febre de ferro e sal
busco nas flores carnudas o néctar rubro
a correr na rede azul a vida
é curta o risco grande como uma amante
justifico-me ao teu ouvido
suporto as tuas injúrias
o peso da tua mão que amoral
é
a dolorosa perseverança no meu ser
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