pelo combate de duas naturezas
ladeiam as florestas descarnadas
a memória de defuntos
é por aí que eu vou
planícies de neve e gelo e o corvo solitário
debicando a terra revolta estaca por instantes
o olhar que conheço
no vazio tão próximo
ao pensamento desolado
bate algures uma porta
alguém se exaspera na afasia
eu cumpro a minha promessa
repetida em cada cidade quando sempre
à esquina a dúvida relampeja
eu cumpro a minha promessa
recolho os galhos
rodo a mão à medida do relógio
de olhar cheio de mágoa
e o pensamento no oeste
recolho os restos
aprendi a lição no seu levantar de asas
despeço-me quando há demasiado
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