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soltar lentamente as amarras da vida
e escutar o futuro pela janela
lá fora entre o trinado de grilos e cigarras
numa noite de verão despejar leite
por sobre os corpos abrasados
ateando o desejo à espera de picar o ponto
deixar enfim que o cansaço de tantas ondas
amparadas na carne
atordoe as pálpebras
fechando a loja para que venham os vampiros
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