sou
eu antes a tua sombra
neste
jardim mundo entregue
aos
corpos ociosos na flor da idade
circundas
tudo reconheces marcas
para
logo esqueceres e recomeçar
noutro
dia a tarefa paulatina
de
criação de limiares e limites
perdes-me
encontras-me enquanto
tão
invisível fico a quem se deleita
atravessado
por alheados olhos neste triste paraíso
roubas
os poucos sorrisos restantes
a
este rosto admirando o ceibo
a
ascendência em verso e rima
do
cego poeta dos labirintos
ou
descorçoado permanece sentado
enredado
na memória que teima em azulá-lo
quando
partimos e nenhum anjo nos expulsou
já
o sol nos cobre os dorsos e os passos menos lestos
pouco
nos querem levar onde ninguém nos espera
embora
deixemos sempre uma janela aberta
2 comentários:
o raio do ceibo
http://www.flickr.com/photos/cml/2107193906/
é bonito, não é? parecem garras de felino com verniz
Enviar um comentário