o trevo negro num prado de uvas
expectantes pelo sol d’agosto
os vulcões mortos d’outros tempos
e as suas lágrimas de basalto
podes viver pelo olhar
difícil será morar
nesta língua das águas do balaton
donde vieste o teu nome tem espinhos
aqui é doce nos lábios e forte na garganta
onde está o sal e o azul para acompanhar
as nozes e as amêndoas
os aloendros estão em flor mas ruge o trovão
e muito terias de andar para afogar a sede da tristeza
num verde de lodo e mais claro que os teus olhos
podes viver pelo olhar
difícil será morar nesta língua
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