porque há pedra, há mundo. podes nele caminhar. não é necessário um rosto para o acolhimento de uma vida. um rosto tem demasiado de humano. ora se deixa uma vida à margem, ora se lhe coloca uma máscara. nem mesmo a fome é razão suficiente para uma morte capaz de um grito audível. escuta como essa decisão é ainda demasiado humana, incapaz de tinir no tímpano a dor de uma planta desenraizada. fizeste-te maior que a vida, mesmo entre os teus. porque há pedra, há mundo, morada onde no limiar a areia estaca. porque há pedra, há mundo, que te permitiu a alternativa de que te fizeste excepção.
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