percorres cidades, campos, searas, planícies, mares, rios, lagos, ribeiras, serras, dunas, prados, matos, fragas, cabos, lagoas, colinas, vales, florestas, pinhais; viste a passagem das estações e em cada o deserto e suas areias entravam como o olho nos detalhes. avanças em frente e de que vale avançar? acompanhas a mudança de cenário e em ti nada muda. tentaste, então, saltar na vertical. muito, até o cansaço dos músculos e as dores nos ossos te empoleiraram à janela. sucede encontrares um canto e o salto junta-se ao avanço, mas tudo por dentro, numa inclinação em diagonal do espírito e a areia pára de se acumular e o avanço do deserto estanca e conheces o luxo de miragens que com dedicação de oficina se tornam oásis para a tua tenda.
Sem comentários:
Enviar um comentário