em tempos soube de exilados que enchiam os seus bolsos com pedras e partiam nas águas dos rios. esses já tinham trocado tudo o que era seu por areia, um besouro assolapava-se no coração e um íbis pousava nos seus ombros. se por um momento a dúvida se derramava no pensamento, essa ave branca abria as suas asas, batia-as como para levantar voo e logo o exilado despertava da miragem, exasperado na sua afasia. era então que o víamos a agitar as águas e cravos e papoilas a naufragar nas margens.
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