de qualquer modo, aí encontrado e ao seu abrigo, a morada abre-se para receber o outro e um pensamento para o diálogo. um escutando o outro, que diz o que só pode ser dito se se calar aquele que deve falar, que chega para falar. a morada está aí para o que, um dia, vem, virá. uma morada torna-se aos poucos uma responsabilidade. espera dar resposta ao que virá e não cessa nunca de vir. por isso a porta aberta, os sapatos à soleira para indicar, já de longe, como a luz, uma única lâmpada à cabeceira junto à página branca, que se aproxime se vier, se desejar vir, se não inteiramente presente, o seu pensamento, um poema.
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