o que vier entrará nesta casa e tomar-te-á por soalho. respirará pelas janelas. dará ouvidos aos murmúrios das portas, reconhecerá pelo cheiro que se avizinha da parede. o que vier entrará em ti e dar-te-á a conhecer o lugar para o amor e todas as suas máscaras. olhar-te-á como a uma pedra insuflada. saber-te-á vivo e duro, capaz de suportar o seu mundo. e tu erguerás o que vier jogando com os restos segundo a sua necessidade. transforma-se, assim, aos poucos, o corpo de carne em bambu.
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