choro e incómodo
o frio à pele
uma queda sem rede
leio no seu olho perdido
ainda nas sombras a interrogação
que forma escura m’arranca do mundo
mole e morno todem torno
até o suor me tomar os cabelos
retorna-mao qu’eu amo
esse ninho de dez meses de eternidade
e eu limpo e lavo
recebo os gritos
a violência magoada
até estar nos braços da mãe
que consolam
o sofrimento do que era necessário
um imenso ciúme enegrece-me a boca
um torniquete põe um freio
nos cavalos em fuga
e sei-me
com clarividência líquida
para o resto indeterminado de batidas
não ser mais que o terceiro
entre duas vontades
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