segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Von der Natur des Tageslicht im Prühßstraße (sobre a natureza da luz diurna em Prühßstraße)

multipliquem-se os meios progrida-se na tecnologia
e na velocidade da presença à distância
a comunicação permanece uma ilusão
perante a colisão de vidas egoístas calando
e envergonhando o amor com línguas de pedra

repara como de um umbigo se expande um território
pleno de desejos sonhos experiências marcas
perfazendo uma história a que chamam vida
e em torno dela há quem erga muralhas postos fronteiriços
com seus vigias guardas juízes executores para a defender

mas considera isto porém o amor é o encontro em terra
de ninguém de vidas nuas e abertas à mudança
e mesmo se a paixão for intensa não se permita a batalha sangrenta
tenha-se a coragem de abolir a submissão não sejamos nunca
desertores vencedores ou vencidos morramos ou sigamos vivos

assim ia pensando à medida que a leve obscuridade nocturna declinava
entrando pelo duplo vidro a luz diurna do Outono em Agosto
os olhos transidos presos na alvura da parede onde ela se reflectia
iluminando a sua perspectiva amolecendo as palavras sossegando o coração
até rumorejarem ao ritmo da chuva lá fora e adormecer de cansaço

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