uma
das virtudes esquecidas pela história
da
humanidade encerra-se no teu rosto
quando
o sorriso envergonhado com a tua mão
se
esconde e o marfim dos dentes fosse então a fonte
da
qual só o nómada pudesse afogar a sua sede
dobras
as sobrancelhas em dúvida ou inquirição
e
o amendoado dos teus olhos se arqueia em ponte
onde
eu seguindo caminho atravesso quase esgotado
apenas
para me continuar a perder
(acreditarias
se te dissesse tens vantagem sobre Berlim
comparando
as vezes onde em ambas me perdi)
por
onde vais nunca perdes o norte desde criança
és
a tua própria rosa dos ventos ou estrela da manhã
perceberás
alguma vez a ventura de quem não tem fio
e
simultaneamente é Teseu e Minotauro e tu o seu Dédalo
sigo
atravesso as pontes desde essa sobre o Landwehrkanal
em
que os nossos nomes se encontram encadeados
até
à de Jannowitz onde o sol se põe em frente
desse
bar e praia improvisada sobre o Spree
sei
o percurso construo por cima desta cidade
um
outro mapa de sons barulhos cheiros
e
todo eu sou a bicicleta e entre os pés e o coração
se
estende a corrente que matraqueia uma estranha
música
de inusitado ritmo brotado de entre os dois
sim
em Jannowitzbrücke estou perdido preso no teu perfil
Sem comentários:
Enviar um comentário