ignoro o
ignoto início
(esse
instante que foi
de quem se
tocou de quem
se escolheu
a ser escolhido)
da
comunidade de paixão
por ti
perdida ao tédio
dos dias.
seremos cegos à vida
se dela não
colhermos os pequenos
acontecimentos
que nos juntam. esses
(a
rotina é somente o enquadramento
de
uma coreografia de corpos
a
fazer há a dança
a
grafia da pupila
a
procura do encontro)
serão os
laços da paixão que o amor
cose –
talvez fantasmas de outro tempo
no redor do
corpo quando se olha
(ser-te-ei
ainda um
mistério
como quando
tu
me surges ao despertar)
o outro na
distância que vai de rosto
a rosto
agora desconhecido e tanto
basta a mão
para romper fronteiras.
mas eis que
tremes com o
(frio
fogo e pálido céu
de
descontentamento um
anúncio
ou indício do fim)
amontoar
das coisas da partida
uma
outra pele do mundo
sobre
a que de origem nos separa.
(paro
fica pedes. lanças
a
fateixa dos teus braços
ancoras
este bote à deriva
neste
mar saído dos meus olhos)
a
tua mão no corpo em queda
para
um outro mundo a recomeçar.
2 comentários:
É como uma conversa a meias por parte das duas metades do cérebro - o creativo e o racional/lógico. Gostei, como é costume.
obrigado, meu.
um abraço.
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