Vazia, ecoo à menor passada,
Museu sem estátuas, digno com pilares, pórticos, rotundas.
No meu pátio uma fonte salta e afunda-se em si mesma,
De coração de freira e cega para o mundo. Lírios de mármore
Exalam a sua palidez como perfume.
Imagino-me com um vasto público,
Mãe de uma branca Nike e de vários cegos Apolos.
Ao invés, os mortos magoam-me com atenções e nada pode acontecer.
A lua põe uma mão sobre a minha testa,
Rosto neutro e mamã como uma enfermeira.
in Sylvia Plath, Crossing the water - transitional poems
3 comentários:
Amo essa mulher.
sim, foi uma grande mulher e deixou-nos "belos e malditos" poemas. tem sido um verdadeiro gozo traduzi-los lentamente.
[a versão da nina fica vagando no meu iPod, aquela música é tão boa de ser recebida como as letras da sylvia]
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