quinta-feira, 19 de maio de 2011

insónia ix

falas e sempre resta
um rasto de não-dito
(escuta e a escrita ecos de poço
cadência do sangue
correndo no cavername)
mensura o recontro:
ou sufocas soterrado
de adormecidas palavras
ou escolhes do outro a morte
um silêncio sincero.
(de olhos iluminados
buscas o contorno ileso
porta aberta aos fantasmas)
afogou-te a boca baco
(inseguro pensa pesa
evoca emudece
com o terror do fumo
de tua boca e mãos evola)
o diálogo in media res
apura: o poema
a vida interrompida

(versão original aqui)

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