terça-feira, 2 de setembro de 2025

breve carta ii

perdi-me em sonhos
e não mais me encontrei

quis a poesia a filosofia o teatro-dança
ficou-me o silêncio a pedra um cadáver vazio

queimei pontes e um ramo de oliveira
caía no vazio de uma pomba morta

os laços que teci do meu coração pendem esmorecidos
dos pilares da minha galeria para o meu pescoço

estou pronto murmuro cada noite e cada dia
os meus filhos concedem-me a redenção

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