outros servem-se da esquadria
para os fazerem seus
eu pertenço-lhe quando em si
entro como as ervas daninhas
e as que ignoro
o nome pertenço-lhe
como as papoilas e as estrelas
da Pérsia
o ácer japonês a oliveira
a alfazema a hortelã a sálvia
os animais na sua diversidade
pertenço a este silêncio do labor da vida
não falo escuto apenas o tempo a encarquilhar
as folhas a queda a luz recortada
pela escuridão do meu corpo este caos
está por dentro e não lhe toco
não se toca numa vida nem se a tem
eu entro nesse jardim onde elas estão
deitadas ao sol e junto-me emudecido
no silêncio de uma vida
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