terça-feira, 14 de julho de 2020

tanumanasa

escuto o brilho
desse silêncio e de algures
a voz sem corpo
um campo a arder         um mar
recolhido e a grande desolação
de uma terra rochosa
enrugada e escura como uma velha
pele         aquele que diz eu         aos poucos
ocado                                encontra-se presente no abandono
o campo tornado cinza
depois         gota a gota
lama tornada lago
espelho sereno
luz inapagável

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