domingo, 12 de dezembro de 2010

poema antigo (revisão)

nesse abismo que vai
de mim a ti
a ponte é a pupila
esquiva e felina
que nos despe

pouca diferença há
entre a cadeira de verga
e o entrançar das pernas

diz adeus ao dia
(o medo já não nos segreda
pelos músculos cansados)
a pouca luz já
espreita, fruto maduro. os sonhos
confundem-se com estranhos
bons-dias, conversas
murmuradas, repetidas

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