quarta-feira, 6 de outubro de 2010

gravilha granizo

a gravilha sob os pés, da infância
até hoje, dá-te um certo aperto,
um nó onde não há gravata.
és agora alto, o que não quer
dizer maior. os mistérios
sentidos ouvindo os passos
ficam ainda por abrir e pensas
não faz mal, tens tempo,
embora te tenham trocado
os cheiros da vida. aos poucos
recuperas uma lembrança
uma música à liberdade.
na mão, é certo, já não te prende
a materna, levas agora
o filho-cão teimoso
e deixas a outra solta
para o amparo, porque ela
chega com o granizo nos olhos

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