abraço-te antes que te encontre
o aço e o fogo
alheado
de quem nos olha e recrimina
não sei quanto tempo
deixa que me assombre
debaixo da tua coroa
comovendo-me pela tua
imaginação de águas livres
guiada pela mão do vento
mergulhado no esquecimento
de que o tédio alguma vez existiu
e o inverno que me trucida sempre
tem de voltar deixa-me
relembrar quem sonhei vir a ser
para ti que importância tem
o tempo que medimos para nos matar
a pressa de engolir o que nos dão
eu sei tua é outra
a dimensão de pertença a este mundo
mas incapaz de fugires
ao horror que varre
a carne da paisagem
permite que te abrace
e num suave murmúrio
te declare o imenso
amor que te tenho
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