uma mão sobre a tua boca depois do anjo
ter selado os teus lábios
uma mão na tua alheando-te
os passos
mostrando o seu mundo tirando
a cada vez um pouco mais de ti
és tu e não és mais tu
saído dessa casa
a que queres volver e deixas
escrito na coluna a pergunta
como posso voltar
a ter o meu riso
na tua língua o retorno é um confronto
guerreia-se sem mérito para se ter
nada
como volta para os teus lábios
um riso depois da violência
uma inocência desfigurada
um esgar traça a entrada num outro
tempo
mas como o segredo da semente
na árvore e da árvore
na semente prometo-te
sem luta vem um riso
sem luta vem um sorriso
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