interrompida
para que foram as promessas ditas
os fogos ateados na câmara escura
para o deslumbramento dos olhos são noites frias
agora que te cercam embrenhado em
solilóquios a torturar até à última lembrança
com a impassibilidade de um touro moribundo
engolfado no seu silêncio
de angústia existencial e sangue
o deserto do dia
a dia afasta os corações
e nem sequer há
mais lágrimas para um novo mar
tu não teces e desteces
eu não retorno
há anos
a casa
simplesmente a vida
não é sempre interrompida
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