e a demora da sua presença
esbate a sombra do teu rosto
o que nos chega
de uma estrela é o instante
da sua morte
surge ao olho
a coisa sob o jugo
da poalha luminiscente
acede à sua parte
do espectro da memória
peço-te
olha-me
e só o que fui
te entra pela câmara obscura
não é falso amar um fantasma
algures ao me lembrares
já muito depois do pó
ilumina-se o interior como uma estrela
o céu escuro presente nesse instante
já vai alta a lua
perdeu a sua cor de ouro
aproxima-se a besta do esquecimento
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