fazes por ignorar o nome
dessa planta rasteira a cercar
o coração ao amanhecer
cingindo o dissipar da névoa e do escuro
ainda que digas uma pedra cinde a boca
das palavras e do mel
até o rosto se voltar para a parede
atrás do mural do lençol
seguro entre as mãos um pouco de luz
aproximo-a de mansinho como um animal
cansado
tu vertes a atenção nos espelhos
de água e vidro
o silêncio responde por nós
à estranheza que se estende sobre a mesa
aos gestos despedidos do familial
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