um espinho aclarava a neve
as sombras no seu detalhe de filigrana
na mesa
as amarilidáceas de boca aberta
pasmavam com a beleza de ser
noite dentro de casa
não acendas uma luz deixa os olhos
estreitarem o hábito no escuro
não digas uma palavra deixa a cinza
relembrar o fogo esquecido dos lábios
as amarilidáceas poalham ouro na mão
é verão pelos teus dedos
não acendas uma luz
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