para acolheres isso tens de perder a voz. essa é a lição do sublime, da sua sujeição. para que ouças a sua chegada, é impreterível o teu silêncio. não simplesmente físico, mais ainda do pequeno soberano e o seu reino de desejos. podes ainda falar, de qualquer modo isso fala-te e procura a tua fala. dir-lhe-ás coisas: isto, aquilo, terra, mãe, leite, rio, a articulação de burburinhos do corpo, a arquetípica relação do corpo com as coisas. isso e tu aprendem conjuntamente o brotar de uma língua.
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