peço-te, não estranhes estas palavras. não estou louco. não te confidencio uma opinião e a palavra verdade já nada significa na ágora. peço-te um teu momento, não dedicado a mim, mas a ti junto ao coração das coisas. basta a tua atenção ao imo e uma lenta, pautada, contínua catástrofe do teu mundo. basta a tua atenção, no escuro da noite, ao ritmo do caruncho na madeira, ao lamento de uma árvore quando do teu silêncio a floresta sente a tua presente ausência e um melro te olha direito no olho, como a tua amante ao te sentir fundo e unida a ti entre a surpresa e a mais íntima compreensão. a tudo basta a tua maior e intensa atenção. atenção é amor.
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