publicado em Inefável 17
fecha os olhos e nas trevas vê
um mundo onde tudo está
em vez de outra coisa depois
abre os olhos a meio da noite
do mundo onde cada coisa
está em vez de tudo isto é
um poema disseste abrindo as águas
brancas caídas sobre ti
pela janela nevavam cinzas
de vidas exiladas dos seus sonhos
de novo os muros do medo
e da suspeita descerram o horizonte
interior um grito e o susto de
asas na rua despertam as árvores
à relíquia de uma raiz e a mim
a terra de uma língua
em visita às marés baixas
da melancolia
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