poema publicado no Jornal Mapa, nº 27, Maio-Julho de 2020
tudo é o mesmo dito de outro modo
e ainda os pés pela boca
em busca de avessos
a revirar os bolso
despi-la
e nua
escandalize o sentido
de uma noite sem ninguém
dizer olhos nos olhos peixe é estrela
e todas as tuas palavras são minhas
como toda a ruína da pequena felicidade
arreda a paixão do rosto
na linha a respiração rouca
aguarda o desaguamento
no mesmo mar
na mesma fenda
o tragar de toda a separação
e nada jamais seja preciso dizer
para um eloquente
silêncio
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