come o suficiente para elevares
em ti uma frugal duna
bebe na medida do ligeiro
desvanecimento das fronteiras
respira as formas elementares na
sua momentânea mistura
mar lenha terra aluviada
rarificação de montanha
e caminha a dança segundo
a música de que és expressão
nela elide a polaridade
fracturante de uma vida
num gesto contínuo até à final
ausência no mundo
arreda a exposição e a imposição
dá conta de nenhum segredo
que tudo é sem mais nada
e tudo tem o mesmo valor
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