corpo suspenso e envolto
em neblina aura branca
está preso é empurrado e as mãos
esforçam-se por impedir a aproximação
indefeso na sua nudez
a sua quase magreza mostra
a tensão do combate
as mãos obstam o que vem
o que o corpo parece
não suportar no seu esgotamento
marcado no rosto patético
há uma torção do torso
mas ainda não virou costas
ao objecto que o empurra
essa posição de último
recurso antecedendo o desfalecimento
corpo cujas mãos e rosto aduzem
bem para além da angústia
o desvanecer o dissipar
– talvez essa aura rodeando
a linha bem definida do corpo
nada mais seja que o esfumar
de uma vida – do homem
rosto mãos
pedem o nosso auxílio
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