quarta-feira, 13 de março de 2013

Rui Almeida

(recebido ontem na caixa de correio virtual este poema de rui almeida, envio os parabéns atrasados pelo seu aniversário)


Uma pedrinha e outra pedrinha,
Folhas de árvore, várias, de várias formas,
Um troço de madeira, um fruto
Seco a aflorar ao rés da terra.

Coisas. Momentos do mundo
Que é o que surge diante. Nada diz
Mais do que é ou pode ser:
Um pedaço de musgo é a sua cor,

O seu cheiro, a textura quando a mão
Se encontra com ele. Tudo isso
É já o que podia ser. E nada morre,
Nada se consome na possibilidade de não ser

Porque tudo é. A não ser o tempo,
Coisa sem ser coisa, que não é,
Mas persiste dentro e fora
Deste e daquele pormenor, em cada vida.

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