o funâmbulo
sentou-se vergado pelo peso que o assola
e perambula no seu
fio de prumo entre abandono e desilusão
acabado o
espectáculo apagadas as luzes deixa as mãos
pousarem sobre os
músculos secos
outrora fúlgidos de
uma animada dança
trocou o sorriso por
um ricto depôs a máscara
e da lantejada
lapela desprendeu
a rosa a rosa a rosa
levada entre os dentes
até onde já
nenhuma rede o amparou
1 comentário:
ainda gosto mais deste!
Enviar um comentário