para n.r.
em canterbury as memórias
tornam-se bancos perenes árvores
para acomodar e assombrar o tempo
onde só tu estás com tua língua
e tu depois chegando e tua terna
inteligência apagando a imagem de fogo
e cinzas do país nunca por ti visitado
a morada a poucas horas de mim
onde retorno marcado pela tua vida
voz a ideia de um corpo conhecedor
do mundo e dos mais fundos lugares da razão
talvez um dia nos reencontremos
talvez nesse azul ilimitado sem horizontes
do teu medo esse outro lugar do amor
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