sábado, 23 de julho de 2011

do meme literário

aceito a proposta do T. e respondo

1 - Existe um livro que lerias e relerias várias vezes?

Sim, embora ainda não tenha lido mais do que duas vezes alguns livros. Um livro que releria várias vezes, só se tivesse amnésia.

2 - Existe algum livro que começaste a ler, paraste, recomeçaste, tentaste e tentaste e nunca conseguiste ler até ao fim?

O “Romance da Raposa” do Aquilino Ribeiro, os “Maias” do Eça de Queiroz, “As brumas de Avalon”, "Malina" da Ingeborg Bachman. (lembrei-me que também nunca consegui terminar o "Principezinho" de Saint-Exupéry)

3 - Se escolhesses um livro para ler para o resto da tua vida, qual seria ele?

O “Schemhamphorasch” de Novalis, o Livro que os românticos de Jena tanto queriam escrever e que continua a ser escrito.

4 - Que livro gostarias de ter lido mas que, por algum motivo, nunca leste?

Os livros são muitos e os motivos também.

5- Que livro leste cuja 'cena final' jamais conseguiste esquecer?

Normalmente não são as cenas finais que não consigo esquecer, mas os traços gerais da história, algumas cenas. Porém, recordo os pés a balançar do “admirável mundo novo”, por exemplo, quixote moribundo, o ismael num destroço (estes, os únicos dois livros que realmente me arrancaram lágrimas).

6- Tinhas o hábito de ler quando eras criança? Se lias, qual era o tipo de leitura?

Quando era muito miúdo lia muita banda desenhada, depois entre os dez e os catorze era muito intermitente desde livros de “uma aventura” e “o clube das chaves”, “o vampirinho” até “a morte de arthur” de sir. Thomas Mallory, mas como disse intermitente, faseado, até que entre os quinze e os dezasseis me fui obrigando a ler, no mínimo, um livro por semana, até que agora não há um dia que passe sem ter lido umas boas páginas.

7. Qual o livro que achaste chato mas ainda assim leste até ao fim? Porquê?

O “Código daVinci”. Fui enganado; o meu encenador tinha-me dito que era importante lê-lo para um espectáculo que iríamos começar e, como assistente, tinha de acompanhar o material necessário para estar pronto. Aquilo pareceu-me estranho mas li o maldito livro, muito mas muito a custo, só para saber no fim que ele mo pediu para eu não ser tão elitista nas minhas leituras. Acho, sinceramente, que foi o único, não me estou a lembrar de outro... ah, sim, outro que só há segunda tentativa o consegui ler: o “Extinção” do Thomas Bernhard; a primeira parte é um bocado chata, mas a segunda é de rajada.

8. Indica alguns dos teus livros preferidos.

Aos vinte tinha escrito uma lista: “Cantos de Maldoror” de Lautréamont, “Nossa Senhora das Flores” de Jean Genet, “A Arte e o Morte” e “Heliogábalo” de Antonin Artaud, “Espuma dos Dias” e “Outono em Pequim” de Boris Vian, “Photomaton & Vox” de Herberto Helder, “Confissão de Lúcio” de Mário Sá-Carneiro, “Poesias” de António Maria Lisboa e “1984” de Georges Orwell. Agora, aos trinta e um quase dois, a lista está maior e juntaram-se muitos mais nomes: Mishima (o marinheiro), Bernhard (perturbação e os mestres), Miller (tudo), Melville (billy bud e moby), Lowry (debaixo, por cima, escuro como o túmulo, ghostkeeper, lunar, panamá), Vila-Matas (tudo que li), Javier Marías (negras costas do tempo), Rui Nunes (cães, osculatriz, sinos), Llansol (parasceve, ardente texto), Cesariny (pena capital, titânia, fernando pessoa), Al Berto (medo), Joseph Roth (o santo bebedor, hotel savoy), Pimenta (a divina (multi)comédia), P.C.Domingos (vaga, carmina), Carlos Alberto Machado (talismã, realidade inclinada, as peças de teatro), João Moita (miasmas), Helder Moura Pereira (amor carnalis, lágrima), Manuel de Freitas (jukebox), Bukowski (mulheres, a sul de nenhum norte, correios), Jünger (aladino, as falésias, os ensaios), Joyce (ulisses (li-o nos açores), o retrato, a gente), Bernard Nöel (castelo da ceia, extractos do corpo), Manuel da Silva Ramos (tanatoperador, novélia), Klossovski (roberte, baphomet), Bataille (tudo o que li, o azul do céu, a história do olho, o ânus, história de ratos), Gogol (os contos de sº petersburgo), Dadaístas (tzara, picabia), Surrealistas (péret, crével, editados na &etc, na hiena), Beatnicks (big sur, naked lunch), Sitacionistas (jorn, vanegeim, débord), os românticos de Jena, Kleist (michael kholaas), tantos mais, Blanchot (o instante da minha morte, a literatura por vir), Proust (tinha muito tempo em mão e por isso li o tempo perdido), Beckett (inominável, malone, murphy, molloy), Gombrowicz (cosmos, pornografia, a morte de dante). Faltam muitos nomes e livros

9. Que livro estás a ler neste momento?

“A noite e o riso” de Nuno Bragança, a segunda parte do cristovão de joão miguel fernandes jorge.

10. Indica dez amigos para o Meme Literário:

4 comentários:

miguel disse...

obrigado amigo
tava a precisar de algo assim

fernando machado silva disse...

então mãos à obra, miguel.

um grande abraço

Anónimo disse...

gostei!

fernando machado silva disse...

então, andressa, convido-te a responder ao questionário e a fazê-lo passar por mais pessoas.

abraços