ABSTRACT: Tendo em conta duas premissas, quanto à linguagem, de Deleuze e Derrida – a língua como forma ou expressão de poder e sempre vinda do Outro – bem como a reversibilidade conceptual que permite do poder formar o contra-poder, analisaremos alguns aspectos da singularidade da Literatura – dispositivo exemplificativo da Máquina-Arte. Para o mesmo, abordaremos conceitos como a verdade (o poder dos cânones para a formação do "espírito", a grande cultura, etc.), o sentido (para o jogo interpretativo e apoio da construção do que fica exposto na questão da verdade, por exemplo), a questão da experiência como forma de expressão do particular frente ao poder “opressivo” do universal (as formas de fuga ao correcto da escrita e da língua, etc.). Por fim, adoptando o ponto de vista de que não há Literatura sem um Corpo que a produza (autores e leitores) e sendo os conceitos questionados transversais à problemática do Corpo, incorremos na investigação e exposição dos seus poderes, isto é, validando a importância da experiência como factor inalienável e de origem na criação dessas linhas de fuga, devires e Corpo sem Órgãos (que cremos de extrema utilidade para pensar as formas de contra-poder).
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