sábado, 6 de novembro de 2010
Eu sou vertical
Mas preferia ser horizontal.
Eu não sou uma árvore com a minha raiz no solo
Chupando minerais e amor materno
Para que a cada Março eu possa brilhar em folha,
Nem sou a beleza de uma cama de jardim
Atraindo a minha quota-parte de Ahs e espectacularmente pintada,
Embora não sabendo brevemente devo-me despeletar.
Comparada a mim, uma árvore é imortal
E o topo de uma flor não mais alta, mas mais surpreendente,
E eu quero a longevidade de uma e a ousadia da outra.
Hoje à noite, na infinitesimal luz das estrelas,
As árvores e as flores andaram a aspergir os seus frescos odores.
Eu caminho entre elas, mas nenhuma está a reparar.
Por vezes eu penso que quando estou a dormir
Eu devo o mais perfeitamente me assemelhar a elas –
Pensamentos tornados turvos.
É me mais natural, estar deitada.
Depois o céu e eu encontramo-nos em aberto diálogo,
E eu serei útil quando finalmente me deitar:
Então ao invés as árvores poder-me-ão tocar, e as flores terem tempo para mim.
in Crossing the water - transitional poems
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