Parece-me que o Covil do Kafka é mesmo uma expressão profunda de uma individualidade que não quer fazer parte desta sociedade de merda, nem sequer é um rizoma como o Deleuze apregoava, é mesmo uma fobia social profunda...
Mas sendo assim, quem é que pode na verdade censurar o senhor K, não é mesmo?
madmax, sabes que eu prezo sempre as tuas leituras, comentários e críticas, mas não tinhas de levar tanto a sério a questão que encabeçava esta posta. quando li o covil, a par de tentar procurar a profundidade do texto, também procurei passear-me pela sua superfície e ver, pelas descrições do labirinto, essa cidade interior: os caminhos, as ligações, as salas, os sistemas de ventilação, de armazenamento, de fuga, etc. (cuja leitura deleuzeana ligando os romances e os contos, numa leitura política explicam bem); queria, portanto, e apenas brincar com essa imagem de uma cidade interior e esta das formigas.
sei que estou em dívida para contigo - tenho ido ler-te e não tenho comentado - mas a seu tempo respondo.
(e este ano, encontrar-te-ei pelos corredores? espero que sim, para continuarmos as nossas discussões e troca de memórias)
então e esses cabrões destruíram a cena toda que as formigas construíram?! escavaram, escavaram em nome do conhecimento insecticida resultando isso num formigueiro todo fodido? desculpem lá mas não sei do kafka nem do resto, é isto que me apraz comentar quando vejo o vídeo. ninguém viu isto?
supostamente o formigueiro já não estava habitado, pelo menos foi o que percebi, por aqui acho que ninguém anda a promover atentados ao mundo animal...
Não precisas de enviar um comentário para o meu Bloge apenas por que o fiz aqui no teu...
Acompanho o teu Bloge sempre que posso mas nem tudo o que aqui escreves é do meu interesse.
Relativamente ao facto de teres colocado o video...
O Kafka é um dos padrinhos do meu Bloge, assim como o Burroughs, nada do que tenha a ver com ele é, no meu caso, levado de ânimo leve...
Eu não costumo brincar com coisas sérias mas entendo que o faças e entendo que possa haver uma semelhança com as formigas, embora no caso do kafka ele tenha pensado mais numa toupeira devir-homem ou num homem devir-toupeira, tratam-se de coisas realmente sérias e convidava-te a par do video a escreveres alguma coisa sobre o que eventualmente possas ter sentido quando leste o covil
Era interessante expressares isso...
O gajo que melhor comentou o Kafka para mim nem foi o Deleuze ou o Bataille, foi um gajo da imagem...
mas isso fica para um outro dia...
madmax
P.S
Já vai estando na hora de todos nós nos fazermos donos do que pensamos e não tanto andarmos a reproduzir visões de outros sobre os autores que lemos
mais ousadia, torna-te não um kafkiano mas o próprio kafka, sem filtros ou teorias literárias, o estimulante será pensarmos no que realmente o Kafka pensava e não tanto no que terceiros pensavam acerca dele.
E não, muito dificilmente nos encontraremos em seminários, vou dar aulas aos putos a tempo inteiro e estarei menos tempo na faculdade.
não sei bem o que te diga. o que é ou não é sério? quais são os seus parâmetros? sério é aquilo e só aquilo que tu levas a sério? ou tudo é sério? e aquelas coisas que não levas a sério deverão ser ironizadas, "humorizadas" por ti? onde é que eu não levei a sério (quando estava a levar a sério uma imagem na minha cabeça do labirinto do covil - talvez um dia escreva, então, sobre o covil)?
achas que o kafka levava a sério tudo o que escrevia? não se ria? não ria de si mesmo? pela parte que me toca, o kafka já me deu umas boas gargalhadas com o "castelo", o "o processo", alguns contos (aliás, uma das características de alguns dos melhores escritores é a sua capacidade de se rirem de si, de não se levarem a sério). eu, que não sou - e sublinho bem, não sou - um escritor, não me levo inteiramente a sério.
depois, há um ligeiro erro numa tua afirmação: tu dizes para largarmos e não nos apoiarmos em teorias e leituras de outros; mas tu citas, continuamente o deleuze e os devires. mais, dizes para sermos nós próprios, ora como posso ser eu próprio e ser kafka (não ser kafkiano mas kafka, disseste tu)?
madmax, esta conversa seria melhor frente a frente, porque já te vi sorrir em discussões entre mim e ti sobre assuntos que para ti eram sérios.
o melhor é combinarmos um café quando eu recomeçar as aulas, se houver oportunidade.
colega anónimo, talvez "inteirares-te" não seja má ideia, e se leres o blog todo, na minha opinião, não ficas nada a perder (apesar de me parecer que disseste isso num tom irónico, ou não?) quando disse "por aqui", pelo autor e habituais leitores e comentadores é porque conheço razoavelmente bem o autor e alguns desses leitores, por isso se confiares nesta palavra anónima digo-te que "por aqui" estás em "boas mãos"! cumprimentos
foda-se, que agressivo! ehehehe os teus comentários, tanto o primeiro como o segundo, tinham perguntas e eu, apesar de o blog não ser meu, mas porque tenho essa liberdade, resolvi responder-te... comenta mais vezes, que volta e meia isto até se torna engraçado :)
não vejo onde é que a tua identidade é menos anónima que a minha, já o teu humor... parece-me que a interzona está apenas cheia de formiguinhas às quais todos os covis lhes negaram entrada....
É curioso é que podias dar a cara, e não, caso não saibas a Interzona é uma cidade apocalíptica onde figuras tão queridas e pequerruchas como o Charles Mason, o Ed Gein, ou mesmo o Rei dos Gnomos são bem vindas, uma espécie de Motel ou de Moloko Bar onde apenas ouvimos Gorgoroth ou Marduk...
E tu quem és por detrás do Anonimato???
Possivelmente uma qualquer personagem que é morta nos primeiros cinco minutos de um slasher movie...
Para tua informação, a Interzona é Aliada de CityScape, o que significa que possivelmente as formiguinhas de que falas, optaram voluntariamente por querer viver num deserto onde os homens se alimentam de homens...
Uma cidade que outrora tecnológica, agora é somente um Deserto onde vivemos voluntariamente longe de pessoas como tu...
:)
O nosso Totem não é a formiga, é a Barata...
Beijinhos caso sejas uma gaja ou se por outro lado fores um agente duplo, lamento a tua cobardia em não quereres falar cara a cara.
Fui
madmax
P.S
Convido-te a deixares o anonimato também no meu Bloge.
19 comentários:
Não
Duvido...
Parece-me que o Covil do Kafka é mesmo uma expressão profunda de uma individualidade que não quer fazer parte desta sociedade de merda, nem sequer é um rizoma como o Deleuze apregoava, é mesmo uma fobia social profunda...
Mas sendo assim, quem é que pode na verdade censurar o senhor K, não é mesmo?
madmax
madmax, sabes que eu prezo sempre as tuas leituras, comentários e críticas, mas não tinhas de levar tanto a sério a questão que encabeçava esta posta. quando li o covil, a par de tentar procurar a profundidade do texto, também procurei passear-me pela sua superfície e ver, pelas descrições do labirinto, essa cidade interior: os caminhos, as ligações, as salas, os sistemas de ventilação, de armazenamento, de fuga, etc. (cuja leitura deleuzeana ligando os romances e os contos, numa leitura política explicam bem); queria, portanto, e apenas brincar com essa imagem de uma cidade interior e esta das formigas.
sei que estou em dívida para contigo - tenho ido ler-te e não tenho comentado - mas a seu tempo respondo.
(e este ano, encontrar-te-ei pelos corredores? espero que sim, para continuarmos as nossas discussões e troca de memórias)
abraço
então e esses cabrões destruíram a cena toda que as formigas construíram?! escavaram, escavaram em nome do conhecimento insecticida resultando isso num formigueiro todo fodido?
desculpem lá mas não sei do kafka nem do resto, é isto que me apraz comentar quando vejo o vídeo.
ninguém viu isto?
supostamente o formigueiro já não estava habitado, pelo menos foi o que percebi, por aqui acho que ninguém anda a promover atentados ao mundo animal...
por aqui onde?
"por aqui", por este blog, pelo seu autor e pelos habituais leitores e comentadores
hum, tenho de me enteirar , sendo assim. ler o blog todo, o autor e os comentadores. faço-o já de seguida
Caro Benjamim
Não precisas de enviar um comentário para o meu Bloge apenas por que o fiz aqui no teu...
Acompanho o teu Bloge sempre que posso mas nem tudo o que aqui escreves é do meu interesse.
Relativamente ao facto de teres colocado o video...
O Kafka é um dos padrinhos do meu Bloge, assim como o Burroughs, nada do que tenha a ver com ele é, no meu caso, levado de ânimo leve...
Eu não costumo brincar com coisas sérias mas entendo que o faças e entendo que possa haver uma semelhança com as formigas, embora no caso do kafka ele tenha pensado mais numa toupeira devir-homem ou num homem devir-toupeira, tratam-se de coisas realmente sérias e convidava-te a par do video a escreveres alguma coisa sobre o que eventualmente possas ter sentido quando leste o covil
Era interessante expressares isso...
O gajo que melhor comentou o Kafka para mim nem foi o Deleuze ou o Bataille, foi um gajo da imagem...
mas isso fica para um outro dia...
madmax
P.S
Já vai estando na hora de todos nós nos fazermos donos do que pensamos e não tanto andarmos a reproduzir visões de outros sobre os autores que lemos
mais ousadia, torna-te não um kafkiano mas o próprio kafka, sem filtros ou teorias literárias, o estimulante será pensarmos no que realmente o Kafka pensava e não tanto no que terceiros pensavam acerca dele.
E não, muito dificilmente nos encontraremos em seminários, vou dar aulas aos putos a tempo inteiro e estarei menos tempo na faculdade.
madmax
madmax,
não sei bem o que te diga.
o que é ou não é sério? quais são os seus parâmetros? sério é aquilo e só aquilo que tu levas a sério? ou tudo é sério? e aquelas coisas que não levas a sério deverão ser ironizadas, "humorizadas" por ti? onde é que eu não levei a sério (quando estava a levar a sério uma imagem na minha cabeça do labirinto do covil - talvez um dia escreva, então, sobre o covil)?
achas que o kafka levava a sério tudo o que escrevia? não se ria? não ria de si mesmo? pela parte que me toca, o kafka já me deu umas boas gargalhadas com o "castelo", o "o processo", alguns contos (aliás, uma das características de alguns dos melhores escritores é a sua capacidade de se rirem de si, de não se levarem a sério). eu, que não sou - e sublinho bem, não sou - um escritor, não me levo inteiramente a sério.
depois, há um ligeiro erro numa tua afirmação: tu dizes para largarmos e não nos apoiarmos em teorias e leituras de outros; mas tu citas, continuamente o deleuze e os devires. mais, dizes para sermos nós próprios, ora como posso ser eu próprio e ser kafka (não ser kafkiano mas kafka, disseste tu)?
madmax, esta conversa seria melhor frente a frente, porque já te vi sorrir em discussões entre mim e ti sobre assuntos que para ti eram sérios.
o melhor é combinarmos um café quando eu recomeçar as aulas, se houver oportunidade.
um abraço a sério (sincero, sem estar a gozar)
colega anónimo,
talvez "inteirares-te" não seja má ideia, e se leres o blog todo, na minha opinião, não ficas nada a perder (apesar de me parecer que disseste isso num tom irónico, ou não?)
quando disse "por aqui", pelo autor e habituais leitores e comentadores é porque conheço razoavelmente bem o autor e alguns desses leitores, por isso se confiares nesta palavra anónima digo-te que "por aqui" estás em "boas mãos"!
cumprimentos
Foda-se, uma pessoa não pode um comentar um único post que vêm logo com o historial!
foda-se, que agressivo! ehehehe
os teus comentários, tanto o primeiro como o segundo, tinham perguntas e eu, apesar de o blog não ser meu, mas porque tenho essa liberdade, resolvi responder-te... comenta mais vezes, que volta e meia isto até se torna engraçado :)
Já comentei mais vezes, pá. agora vou dormir, boa tarde.
boa sesta
Pá,
Ya
Levar a sério as coisas que eu levo a sério parece-me bem...
Epá desculpa lá a minha falta de humor, mas de facto levo o Kafka muito a sério...
Não, não acho muita piada a muita coisa mas isso sou apenas eu que tenho falta de sentido de humor...
E sim claro que sim, podemos beber o tal café.
Na Interzona há um Moloko Bar...
Eu n cito o Deleuze ou seja quem for no meu bloge, cito-o no teu...
Sem dúvida que podemos beber o tal café...
Diz o dia e a hora no meu Bloge e eu respondo aqui no teu...
madmax
Como é que é isto...
Só tens anónimos aqui a escrever???
Anónimas, se quiserem que vos mostre o quão fundo é o vosso covil marquem a noite na Interzona...
Hahahahahahahahahahahahahaha
( Mijei-me a rir com esta)
Hahahahahahahahaha
E mais tinha falta de sentido de humor
Hahahahahahahahahahaahahahah
madmax
madmax,
não vejo onde é que a tua identidade é menos anónima que a minha, já o teu humor...
parece-me que a interzona está apenas cheia de formiguinhas às quais todos os covis lhes negaram entrada....
É curioso é que podias dar a cara, e não, caso não saibas a Interzona é uma cidade apocalíptica onde figuras tão queridas e pequerruchas como o Charles Mason, o Ed Gein, ou mesmo o Rei dos Gnomos são bem vindas, uma espécie de Motel ou de Moloko Bar onde apenas ouvimos Gorgoroth ou Marduk...
E tu quem és por detrás do Anonimato???
Possivelmente uma qualquer personagem que é morta nos primeiros cinco minutos de um slasher movie...
Para tua informação, a Interzona é Aliada de CityScape, o que significa que possivelmente as formiguinhas de que falas, optaram voluntariamente por querer viver num deserto onde os homens se alimentam de homens...
Uma cidade que outrora tecnológica, agora é somente um Deserto onde vivemos voluntariamente longe de pessoas como tu...
:)
O nosso Totem não é a formiga, é a Barata...
Beijinhos caso sejas uma gaja ou se por outro lado fores um agente duplo, lamento a tua cobardia em não quereres falar cara a cara.
Fui
madmax
P.S
Convido-te a deixares o anonimato também no meu Bloge.
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