quarta-feira, 4 de agosto de 2010

amor e sexo

"- Não, eu não o amava. Que é o amor senão um conformismo embrulhado, uma solidão confortável, a lei do menor esforço... O que nos ligava era o sexo. Ao princípio, o sexo e o amor são a mesma coisa: é uma coisa forte, boa, de perder a cabeça. Mas o sexo tem uma vantagem sobre o amor, no sexo não há ilusões, é mais verdadeiro; quando deixamos de amar, não nos acomodamos. Estou a falar de gostar de fazer amor, o único amor que vale a pena. É por isso que a frustração sexual é mais grave, mais destruidora do que a do amor conjugal. É por isso que as pessoas pagam para fazer amor, porque o desejo é forte como a vida, não é um remendo, e não é preciso as pessoas amarem para gostarem de fazer amor"

Joëlle Ghazarian, Cântico do Crime, edições quasi, trad. Júlio Henriques, 2007: 148.

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