juntou-se às noites
de jasmim e sabugueiro
e o lírio
d’água saiu
do seu sonho de lama
os gansos voltaram das suas estâncias
as searas fartas sangram o seu ópio
e por todo o lado as gargantas melodiam
o inalcançado por Messiaen
os céus de Friedrich fecham-se com volúpia
enegrecem o rio e o olhar que por ele entra
a cicatriz de luz
corre a redoma que nos protege
é isto afinal a primavera
a beleza aterrorizando o corpo
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