o peso atroz e dorido do seu abandono
permaneço hoje quase sempre calado
de olhar
absorto no espaço
entre as águas e o céu
não irei longe nem tenho onde ficar
não me foram permitidas raízes
nem o canto nas madrugadas
sinto a sua ausência
na ponta dos dedos eu que quis uma casa
na língua
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