de tanto caminhares para dentro, de tanto forçado silêncio, o teu corpo sofre modificações. o cabelo encanece. junto à boca dois quartos crescentes que a pendem para baixo. uma leve curva no cume das costas que acompanha o peso de um pensamento e o olhar na terra e os passos no gelo e na lama. a tua língua torna-se de neve para dialogar com ninguém.
Sem comentários:
Enviar um comentário