não haverá relação para a morada se em ti e a casa não se der o encontro do comum. entre um e o outro há o lugar, a terra, uma vida pulsante e em si, que te carrega, sofre às tuas mãos. tu e cada ser que nela busca um abrigo. de ti nada pede, ou assim crês. de ti e de cada ser que foi, está, virá. ela escuta-te, acolhe-te, permite o ciclo de cada singular coisa. coube-te a grande surdez do ego. para a morada tens de encontrar o comum, não só do lugar onde içar a parede para a tua cabeça. a terra é o grande lugar. ama quem te carrega. antes que ela se parta – e partir-se-á um dia – tens de carregá-la, tens de a portar. como poderás tu portá-la se não há o lugar, se não, já hoje, cuidares do comum que possibilita o seu encontro?
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