conhecem a morte com o deitar-se
mas é do lado da mulher o combate
pela vida planeia cuida sonha
aplana a terra para o ninho
acerca o informe ao lume
acolhe-se para duplicar a morada que é
eu vi o seu esforço e a sua força antiga
fui testemunha dos gritos do amor pelo esperado
recusando o pão a fruta
recusando a água o corpo
não tocou o seu descanso
caminhámos pelas traseiras e
os campos das casas sabendo-o perto
quanto a dor rondando
raiz funda quebrando a pedra
à meia-noite cedeu ao sismo
e as réplicas
agitaram a água e o sangue
guiou a respiração pela descida como se trepasse
ansiosa ao encontro da esperança
num urro quase uivo jorraram as águas
Sem comentários:
Enviar um comentário