fiel ao seu mais frágil arbusto
a doçura ao fruto maduro
o tordo à manhã com o seu canto
cego escuto no quarto escuro a tua fala de burburinhos
cedo a minha pele à tua cerco-te
como o lume a brasa miúda
a hera sanguínea de outono à parede de cal
não te trago o leite
sou seco
seara alentejana no verão
e se pelo sangue somos estranhos
sabe-me de um amor enlaçado
por cordame mais tenso
como um corpo celeste
à estrela que o atrai
sou-te dedicado
a sombra dentro da sombra
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